segunda-feira, 18 de abril de 2011

Via sacra em volta da igreja

No dia 16 Abril foi representada a entrada triunfante de Jesus em Jerusalém e de seguida a via sacar de volta da igreja pelas cruzes que nós fomos colocando ao longo da quaresma.Aqui fica os textos da via sacra , e também lendo vocês já entendem o significado de algumas cruzes.


1ª Estação - Entrada Messiânica em Jerusalém
Jesus entra em Jerusalém. Chegou a sua hora. Não entra como um rei triunfante, rodeado de soldados ostentando lanças, espadas ou estandartes. Entra em Jerusalém como um rei pobre e humilde, seguido pelo entusiasmo e pela esperança dos simples de coração. E, depois das aclamações, dos aplausos e dos hossanas, encontra a cruz.
Como vemos, como contemplamos e como sentimos Jesus Cristo? Como um rei triunfante como os judeus esperavam ou como o Cristo que entra em Jerusalém para ser humilhado e crucificado?

2ª Estação – A Ceia da Despedida
A noite da traição é a noite da revelação do transbordar do amor; a noite que concentra todo o mal da humanidade, é a noite santa que já manifesta a salvação. A ceia do Senhor é a ceia da entrega e doa amor. Nos gestos do partir do pão e do vinho, Jesus expressa todo o seu compromisso de amor. Ao despedir-Se dos seus, oferece-lhes o maior presente que poderiam imaginar: Ele mesmo, a sua presença.
Como celebramos a memória da ceia do Senhor?

3ª Estação – Getsémani
Nesta noite amarga, mas intensamente unido ao Pai, Jesus vive interiormente, todos os sofrimentos e injúrias que vai sofre de seguida. Perante os seus olhos projecta-se toda a sua paixão, desde o beijo de Judas até à morte na cruz. Getsémani é a hora em que Jesus, com toda a sua dor e angústia, sentindo toda a solidão do abandono, reza ao pai: “Se isto não se pode passar sem que o beba, faça-se a tua vontade”.
Qual é o nosso abandono no Senhor? Procuramos e cumprimos a Sua vontade?

4ª Estação – Prisão de Jesus
Digno e consciente, Jesus apresenta-Se ao encontro da sua hora. Com todo o amor e confiança no Pai, abraça o desígnio que Lhe marcou. Sereno e confiante sai ao encontro de quem vem para O prender, entregando-Se-lhes disposto a cumprir a vontade do Pai. Jesus enfrenta e aceita o futuro. Para Ele, a hora da entrega é a hora da manifestação do amor. A prisão de Jesus é o momento da traição consumada, da fuga dos discípulos, e da, entrega livre e soberana de Jesus.
Somos capazes de dar testemunho de Jesus mesmo nas situações difíceis e complicadas? Ou, pelo contrário, tenho tendência à fuga, ao cálculo, à ambiguidade, à traição?

5ª Estação – Jesus perante o Sinédrio: Negação de Pedro
Jesus amarrado como um malfeitor, responde serena e livremente ao interrogatório. Pedro quer passar despercebido. Jesus confessa publicamente a sua identidade. Pedro nega-O três vezes.
Em que se funda a nossa fidelidade, nas nossas forças próprias ou em Cristo? Quantas vezes dizemos que estamos dispostos a entregar tudo por Jesus, e no entanto, não somos capazes de sofrer por Ele o mais pequeno contratempo! Quantas vezes sonhamos com grandes realizações sem nos reconhecermos pequenos, débeis, limitados! Só se formos capazes de reconhecer a nossa fraqueza e o nosso pecado, é que poderemos chegar a abrir-nos à força e graça de Cristo.

6ª Estação – No Pretório: Jesus perante Pilatos
Entre escárnios, humilhações e injustiça abre-se espaço para o plano salvador de Deus. Jesus quis manter-Se fiel ao Pai; por isso abateu-se sobre Ele o sofrimento mais atroz que O levará à morte violenta por amor.
Quantas vezes lavamos as mãos em vez que defender abertamente as nossas convicções cristãs? Quantas vezes deixamos de dar testemunho da verdade em que acreditamos?

7ª Estação – Jesus carrega com a cruz
Começa o caminho para o Calvário. Cristo carrega com o pecado do mundo e com as cruzes do mundo. Todos os nossos pecados e todas as nossas cruzes podem ser postas sobre os ombros de Jesus, que precisa de ser ajudado por Simão de Cirene. Quando ajudamos a levar uma cruz a tantos crucificados, não estaremos, também nós, a ajudar a Deus. A caminho do Calvário, com a cruz às costas, unem-se o redentor e o redimido.
Estamos dispostos a suportar o peso do sofrimento? Somos também capazes de seguir Jesus com a cruz às costas?

8ª Estação – As quedas de Jesus
O peso da cruz e do pecado dos homens é demasiado. E cai uma, duas três vezes. Verdadeiramente, Cristo despojou-Se de Si mesmo e tomou a condição de servo, humilhou-Se a Si próprio, fez-Se fraco para curar as nossas fraquezas, tomou a nossa carne de pecado para nos livrar de toda a escravidão, do pecado e da morte. Jesus cai para que possamos levantar-nos. As suas feridas e quedas salvam-nos.
Quantas e quão amargas, Senhor, são as minhas quedas! Todas eleas motivaram as tuas quedas. Serei capaz de morrer para o pecado e viver para a justiça?

9ª Estação – Jesus cravado na cruz
Por volta da hora sexta, Jesus é cravado na cruz. Levantado para céu, estende os seus braços, abraçando toda a terra. Esta árvore de morte converte-se, por intervenção de Deus, em árvore de vida e de salvação. A cruz também é luz. No mundo do amor, que é o Calvário, toda a cruz, toda a morte, todo o sofrimento humano, se iluminam.
Estamos dispostos, os discípulos de Jesus, a ser crucificados com Ele? A cruz de Cristo ilumina as cruzes da nossa vida, os nossos tormentos e fracassos?

10ª Estação – Jesus perdoa ao ladrão arrependido
Três cruzes se erguem para o céu. Podem parece idênticas, contudo, uma dá a salvação, outra recebe-a e a terceira despreza-a. No meio do sofrimento e do suplício é possível ver a Deus.
Por que não conseguimos apercebermo-nos que basta a oração humilde e confiante para que Deus nos acolha e transforme, como ao bom ladrão?

11ª Estação – O testamento de Jesus
Junto à cruz apenas um pequeno grupo de pessoas. Maria, ao pé da cruz entrega o seu Filho ao Pai e Jesus pede-lhe que acolha como filhos, toda a humanidade representada em João. Na entrega do seu Filho ao Pai culmina a fé de Maria e começa a fé difícil dos seguidores de Jesus.
Quando chegaremos À convicção de que para ser apóstolo de Jesus é necessário acompanhá-l’O até à cruz?

12ª Estação – Jesus morre na cruz
Da cruz Jesus confessa abertamente que tudo foi levado até ao seu fim, que cumpriu fielmente a missão que o Pai Lhe havia confiado. Agora, pode morrer em paz, a salvação chegou aos homens. Inclina a cabeça e entrega totalmente o seu espírito ao Pai. A vida de Jesus termina em Deus, que o acolhe em seu regaço, e, como grão de trigo semeado no sulco, a sua morte frutificará em vida nova.
Porque é que a morte de Cristo não ilumina o sentido da nossa vida e da nossa morte?

13ª Estação – O golpe de lança
Jesus, o justo, o inocente, morre. Com uma lança trespassam o seu coração, e, ao retirar a lança, sai sangue e água. É o sangue da nova aliança, a água da vida para toda a humanidade. Como afirmaram os Santos Padres, do lado aberto de Cristo manam os sacramentos da salvação.
Por que não contemplamos o coração trespassado de Jesus, penetramos n’Ele e pomos n’Ele o nosso coração? Ai está a fonte perene e inesgotável do verdadeiro amor.

14ª Estação – Jesus á colocado no sepulcro
Jesus é descido da cruz e colocado num sepulcro. Neste se decide o que são e serão os humanos. Muitos pensaram e continuam a pensar que depois da morte de Jesus não resta nada. Mas, para os crentes, o mistério não acaba aqui, a morte leva à ressurreição.
Perante o sepulcro de Jesus, a nossa fé enfraquece ou robustece-se? A cruz é para nós escândalo ou sinal de vitória?

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